Ontem a GNT apresentou um documentário sobre Ines de la Fressange. Nem preciso dizer que foi uma grata surpresa, bem como uma grande coincidência, não acham?
Neste documentário ela fala sobre sua carreira, negócios, filhos, casamento e família. Entremeando os seus depoimentos aparecem, nomes como Christian Lacroix, Jean Paul Gautier e Karl Lagerfeld, dentre outros, comentando suas respectivas memórias sobre esta personalidade da moda.
Karl Lagerfeld foi quem a convidou para ser a modelo exclusiva da Chanel, em uma época que não existia esta modalidade de exclusividade nas "maisons". Karl considerou que ela era a figura ideal para representar a marca, pois possuía muitas semelhanças com o estilo e até aparência da própria Coco Chanel.
Para quem não sabe ou se lembra, Gabrielle "Coco" Chanel foi uma importante estilista francesa que revolucionou o mundo da moda nos anos 20 tirando definitivamente as mulheres da rigidez das roupas da época, com seus espartilhos, inúmeras camadas de tecido nas volumosas saias, bordados pesados, rendas, etc.
Depois de alguns anos trabalhando na maison Chanel e já bastante conhecida por sua personalidade alegre e exuberante, Ines recebeu o convite para personificar o símbolo da república francesa, Marianne.
Karl não concordou, argumentando que ela, um membro proveniente da aristocracia, não combinava com este símbolo representativo do povo. Como uma pessoa de espírito livre que era, teimou e acabou rompendo o contrato com a Chanel para seguir o seu coração.
Depois de 21 anos sem desfilar para a Chanel, Ines foi convidada para apresentar a coleção primavera verão 2011 / 2012, entrando ao final do desfile com o próprio Lagerfeld.
Em meados da década de 80, Ines lançou juntamente com alguns sócios, sua própria marca, inaugurando uma boutique em Paris com características de loja de departamentos, porém de menor porte. Esta loja contava com uma área para roupas, mas também uma de acessórios e outra de itens para casa.
Esta modalidade de lojas é cada vez mais comum nos dias de hoje como uma tentativa de ampliar a experiência do cliente (e aumentar o ticket médio / frequência de compra) com uma determinada marca.
Além de peças para o vestuário, estas lojas oferecem outros produtos que combinam com o estilo de vida daquele perfil de cliente Este conceito é válido para marcas já consolidadas e com um público claramente definido. A Daslu e a Le Lis Blanc, marcas de moda predominantemente femininas, ambas sediadas em São Paulo, são um exemplo desta tendência.
Ines era a estilista de sua própria marca, criando e desenhando todas as coleções. Em um determinado momento os sócios resolveram por bem demiti-la, alegando que as roupas criadas por ela eram demasiadamente elegantes e, portanto, inviáveis comercialmente. Nem chegaram a discutir com a própria uma possível mudança de rumo, simplesmente comunicaram a decisão por meio de seus advogados. Por conta disto, até hoje ela não pode usar o próprio nome em qualquer criação sua.
Aqui no Brasil já tivemos algumas "batalhas" entre marcas famosas do segmento de moda e os fundos de investimentos. Afinal, como conciliar a visão, gosto e padrão de criação de um estilista, sobretudo, daqueles que adotam uma linha mais artesanal, com a visão de gestores de recursos, acostumados com margens, market share, lucratividade, ROI e redução de custos?
É muito complicada mesmo esta relação. A estilista carioca Isabela Capeto viveu esta experiência na pele e acabou decidindo por reduzir a sua operação em favor da liberdade de criação / produção. Em contrapartida, Alexandre Herchcovitch, estilista paulista, com nome reconhecido tanto no mercado brasileiro, como internacional, decidiu vender a sua marca para um destes fundos e hoje, apesar de não ter participação como sócio, continua como diretor de criação.
À partir desta experiência, Ines passou a ser consultora de estilo, iniciando esta nova faceta profissional junto a Roger Vivier, marca francesa de sapatos femininos.
Para ilustrar este post, segue um breve making-off de Ines para a marca Roger Vivier:
O documentário foi bem feito, agradável de assistir e ofereceu uma visão geral sobre a vida deste ícone de estilo e elegância. Se tiverem o interesse e a oportunidade de assistir, não percam!
Neste documentário ela fala sobre sua carreira, negócios, filhos, casamento e família. Entremeando os seus depoimentos aparecem, nomes como Christian Lacroix, Jean Paul Gautier e Karl Lagerfeld, dentre outros, comentando suas respectivas memórias sobre esta personalidade da moda.
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| Ines e Karl Lagerfeld |
Karl Lagerfeld foi quem a convidou para ser a modelo exclusiva da Chanel, em uma época que não existia esta modalidade de exclusividade nas "maisons". Karl considerou que ela era a figura ideal para representar a marca, pois possuía muitas semelhanças com o estilo e até aparência da própria Coco Chanel.
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| Coco Chanel |
Para quem não sabe ou se lembra, Gabrielle "Coco" Chanel foi uma importante estilista francesa que revolucionou o mundo da moda nos anos 20 tirando definitivamente as mulheres da rigidez das roupas da época, com seus espartilhos, inúmeras camadas de tecido nas volumosas saias, bordados pesados, rendas, etc.
Depois de alguns anos trabalhando na maison Chanel e já bastante conhecida por sua personalidade alegre e exuberante, Ines recebeu o convite para personificar o símbolo da república francesa, Marianne.
Karl não concordou, argumentando que ela, um membro proveniente da aristocracia, não combinava com este símbolo representativo do povo. Como uma pessoa de espírito livre que era, teimou e acabou rompendo o contrato com a Chanel para seguir o seu coração.
Depois de 21 anos sem desfilar para a Chanel, Ines foi convidada para apresentar a coleção primavera verão 2011 / 2012, entrando ao final do desfile com o próprio Lagerfeld.
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| Desfile Chanel 2011 |
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| Karl e Ines |
Em meados da década de 80, Ines lançou juntamente com alguns sócios, sua própria marca, inaugurando uma boutique em Paris com características de loja de departamentos, porém de menor porte. Esta loja contava com uma área para roupas, mas também uma de acessórios e outra de itens para casa.
Esta modalidade de lojas é cada vez mais comum nos dias de hoje como uma tentativa de ampliar a experiência do cliente (e aumentar o ticket médio / frequência de compra) com uma determinada marca.
Além de peças para o vestuário, estas lojas oferecem outros produtos que combinam com o estilo de vida daquele perfil de cliente Este conceito é válido para marcas já consolidadas e com um público claramente definido. A Daslu e a Le Lis Blanc, marcas de moda predominantemente femininas, ambas sediadas em São Paulo, são um exemplo desta tendência.
Ines era a estilista de sua própria marca, criando e desenhando todas as coleções. Em um determinado momento os sócios resolveram por bem demiti-la, alegando que as roupas criadas por ela eram demasiadamente elegantes e, portanto, inviáveis comercialmente. Nem chegaram a discutir com a própria uma possível mudança de rumo, simplesmente comunicaram a decisão por meio de seus advogados. Por conta disto, até hoje ela não pode usar o próprio nome em qualquer criação sua.
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| Ines de la Fressange |
Aqui no Brasil já tivemos algumas "batalhas" entre marcas famosas do segmento de moda e os fundos de investimentos. Afinal, como conciliar a visão, gosto e padrão de criação de um estilista, sobretudo, daqueles que adotam uma linha mais artesanal, com a visão de gestores de recursos, acostumados com margens, market share, lucratividade, ROI e redução de custos?
É muito complicada mesmo esta relação. A estilista carioca Isabela Capeto viveu esta experiência na pele e acabou decidindo por reduzir a sua operação em favor da liberdade de criação / produção. Em contrapartida, Alexandre Herchcovitch, estilista paulista, com nome reconhecido tanto no mercado brasileiro, como internacional, decidiu vender a sua marca para um destes fundos e hoje, apesar de não ter participação como sócio, continua como diretor de criação.
À partir desta experiência, Ines passou a ser consultora de estilo, iniciando esta nova faceta profissional junto a Roger Vivier, marca francesa de sapatos femininos.
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| Ines de la Fressange |
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| Criação Roger Vivier |
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| Criação da marca Roger Vivier |
Para ilustrar este post, segue um breve making-off de Ines para a marca Roger Vivier:
O documentário foi bem feito, agradável de assistir e ofereceu uma visão geral sobre a vida deste ícone de estilo e elegância. Se tiverem o interesse e a oportunidade de assistir, não percam!
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